segunda-feira, 24 de junho de 2013

Oportunidade para acertar nossas pendências



...ASSIM COMO NÓS TEMOS PERDOADO AOS NOSSOS DEVEDORES (MATEUS 6.12B)

Todo pecado é uma dívida. Penso ainda que a questão do acerto de contas tem sido um peso para muitos seres humanos por toda a história. Pense em quantas vidas foram ceifadas por vingança e quantos relacionamentos destruídos por causa de ofensas. É interessante notar que nesta oração, Jesus mostra para nós os dois lados desta moeda: somos devedores, mas também há aqueles que nos devem.

A penúria deste litígio é tamanha que seus discípulos chegaram a interpelá-lo: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Ao quantificar, Pedro tenta estabelecer uma tolerância para a paciência, mas da forma mais piedosa possível (7 vezes é perdão pra caramba!). Para surpresa de todos, Jesus extrapola: ...até setenta vezes sete! (Mateus 18.21,22).

No AT, a ideia de perdão era algo tão elevado que só cabia a Deus. Quando o Senhor estabeleceu olho por olho, dente por dente, Ele estava determinando que, na busca por justiça, a pessoa não poderia ir além do dano sofrido. No NT, Jesus amplia a velha questão do acerto de contas e surpreendentemente, estende a “possibilidade de perdoar” a todos os homens.

E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas (Marcos 11.25).

Infelizmente, até hoje, muitos crentes vivem amargurados pois não sabem que há esta possibilidade! Mais para frente, ao contar a parábola do credor incompassivo Jesus eleva o perdão ao próximo de possibilidade para praticamente uma obrigação (leia Mateus 18.24-35). Apelando para o nosso senso de justiça, leva-nos a meditar em nossas atitudes comparadas com a atitude mesquinha e egoísta daquele servo que foi perdoado de uma dívida impagável, mas não teve misericórdia de um semelhante que lhe devia uma “mixaria”. Vemos que quando retribuímos o perdão que recebemos de Deus, o Seu Nome é santificado!

Também aprendemos com esta parábola que durante nossa vida seremos ofendidos inúmeras vezes. Pode ser que isto aconteça por meio daqueles que mais amamos, e quando isto acontece, gera maior decepção ainda. Porém, estejamos conscientes de que deveremos perdoar tantas vezes quanto formos ofendidos, pois quanto àquela nossa dívida impagável, já fomos perdoados. Paulo nos revela em Colossenses 2.14 que o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, foi totalmente cancelado quando Cristo removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz. Ou seja, nosso débito já foi quitado na cruz . Podemos questionar: Por que alguém cancelaria a dívida de outrem? No caso de Deus a resposta é graça e misericórdia. E o que Deus espera “em troca”? Nada além do nosso reconhecimento e gratidão. Fomos perdoados para perdoar, e é isto que Jesus está querendo nos ensinar. Paulo compreendeu esta lição e concluiu:

Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós (Colossenses 3.13).

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