Final
de mais um ano. Início de uma nova etapa. Novas expectativas. Novos sonhos.
Novas decepções. Sempre que um ano se inicia, é como se chegássemos à sombra de
uma enorme árvore depois de uma longa caminhada, sentássemos, tirássemos o
cantil e bebêssemos água, a fim de recobrar o ânimo e seguir adiante, para uma
caminha sem fim. Hoje é o primeiro dia do último mês, temos mais trintas dias
pela frente, e
neles podemos tomar decisões que serão os desafios pelos quais lutaremos no
próximo ano. Poderemos também não vê-lo passar. Ludibriados pelo excesso de
propaganda, pela atratividade do comércio, pelas mensagens de felicitações.
Pelas ruas, casas, lojas e prédios enfeitados. Pelas luzes que ofuscam o
sentido das coisas e nos cegam para a real significação das festas de fim de
ano. Mas o verdadeiro sentido de um novo ano de fato está dentro de nós, pode
ser ressuscitado, acordado ou despertado em pleno mês de agosto. Mudar não
depende de uma data, de um tempo histórico. Muda-se sempre que a disposição de
alma, de coração e de esperança entra em ebulição dentro de nós. Mudamos assim,
com a chegada de um grande bem, sem que data nenhuma esteja marcada para isso.
Mudamos com a chegada de uma tragédia que tira de nós um bem, sem nos deixar
instrução de como proceder dali em diante. Mudamos sempre que encontramos um
amor, esse sempre nos salva, nos redime, nos cura, nos faz realizar, nos faz ir
adiante. Mudamos sempre que entendemos que mudanças são inevitáveis quando se
vive uma vida de liberdade, de graça e da pacificação. Pois assim, estamos
abertos a mudanças e elas serão apenas a construção de nossa existência. Se
simbolicamente esse é o tempo de mudanças, que ele seja tão-somente o tempo de
compreendermos que não há dias, nem horas, nem datas que sejam mais
significativas que os dias, as horas e as datas que nos mesmos escolhemos para
construirmos e mudarmos a nossa própria história. E se há dias e dias nos quais
damos total significação simbólica, para eles Deus não está dando a mínima
importância se neles não houver verdade, vida e construção do respeito e do
amor a si e ao próximo. No mais, os dias mais importantes de nossa vida não
estavam nem estão no nosso calendário, não estava marcado o dia da sua
fecundação, da sua morte muito menos, e essa será a maior de todas as mudanças.
Não esta marcado o dia em que o Senhor virá. Portanto, que o dia chamado HOJE
seja sempre a maior de todas as datas e a maior de todas as oportunidades que
temos para mudar, crescer, corrigir, abençoar, propagar o bem, a paz, a verdade
e amor de Deus.
Feliz dia de HOJE!
Por Rogério Barros